Já de há alguns anos para cá as empresas têm requerido o seu espaço na Internet. Mesmo as pequenas empresas familiares apostam na sua presença na Web como uma forma de publicitar os seus serviços. No entanto, ainda hoje é comum a filosofia das "páginas amarelas". A filosofia das páginas amarelas é aquela onde as empresas têm um site com duas ou três páginas (homepage, contactos e a outra para fazer feitio) e o endereço Web impresso nos cartões de visita. Ou seja, se fizermos uma procura no Google pelo tipo de serviço que aquela empresa presta, nem na décima página o Web site aparece.
Ora bem, acredito que essa perspectiva de um Web site já está, ou deveria estar, ultrapassada. As empresas já não deviam ter o seu Web site apenas porque toda a gente tem, mas sim por uma forma de extensão do negócio, aumentando assim o público alvo.
Acontece porém que, construir um Web site só porque se quer ter o endereço no cartão de visita ou construir um Web site que vise atingir uma grande audiência são duas perspectivas diferentes, que se podem estender a diferentes abordagens no design e implementação.
No último caso, a SEO tem de ser levada em grande consideração bem como é necessário existir uma monitorização do Web site de forma a analisar o comportamento dos visitantes e fazer constantes melhorias (quer a nível de informação, quer a nível de estrutura). Em determinados casos, verifica-se que a tendência de utilização de uma certa página justifica o desdobramento desta em várias, fazendo-se portanto uma alteração à estrutura do Web site. Noutros, torna-se necessário redefinir keywords ou reformular textos. É possível também jogar com o layout e o tipo de audiência que costuma visitar o Web site. Graças ao Google Analytics e ferramentas similares, é possível sabermos características muito específicas da maioria dos nossos visitantes: tipo de ligação, browser utilizado, resoluções de ecran,...
No entanto, este tipo de abordagem significa mais custos para a empresa tendo por consequência a pouca procura deste tipo de serviços. Por outro lado, nem todos os clientes têm a consciência, mesmo quando explicado, da vantagem de um Web site SEO.
Acredito sinceramente que é necessário a mudança da mentalidade das empresas portuguesas. O futuro do comércio de bens e serviços passa pela Web, e como tal é necessário estar em primeiro lugar. Não é de forma alguma um cartão de visita que vai conseguir que um Web site apareça na lista dos 30 primeiros. Portanto, empresas, que tal pensarem um pouco mais no assunto e começarem a investir num Web site feito à vossa medida?
domingo, 3 de maio de 2009
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2 comentários:
Concordo com o que dizes no teu post, mas repara, estamos hoje numa época de crise, uma crise económica que afecta pequenas, médias e também grandes empresas e o que tentam os gestores destas fazer? Reduzir custos ao máximo para não serem afectados.
É claro que a médio longo prazo um investimento numa página web feita para aparecer nos melhores lugares dos motores de busca seria proveitoso, mas poucos vêm isso assim. Preferem investir primeiro numa pequena página base, o normal das pequenas médias empresas, e também de algumas grandes empresas e não investem. Eu desenvolvo web sites e já trabalhei com algumas empresas que querem um site bonito e com as informações, agora se o site está de acordo com os padrões, se está optimizado para os motores de busca (SEO), se estão optimizados para serem abertos rápidamente e correctamente em todos os browser, isso também não é muito importante, desde que no Internet Explorer 6 apareça bem tudo o que pudermos reduzir no preço é bom. E isto é uma mentalidade muito dificil de se mudar, e muito mais dificil é nos dias que correm e com a situação económica mundial como ela está.
Cumprimentos,
João Pedro Pereira
http://joaopedropereira.com/
Tens razão no que dizes. Tenho esse problema, tanto que há trabalho que realizo e não divulgo porque não estão consoante os meus parâmetros de qualidade. Olha, sites com música é logo um deles, nem vês o meu nome em lado nenhum.
No entanto, neste momento não creio que seja um investimento a longo prazo. Tenho um cliente com uma empresa que só beneficiaria com um Website SEO, isto porque está numa área muito competitiva e de facto existe bastantes pessoas que vão procurar aquele tipo de serviço através da Web. No entanto, ele prefere manter determinadas características no Web site que impedem estar optimizado.
Por outro lado, acho que um dos grandes culpados são os designers. Eles ainda não conseguiram entender que é possível fazer um bom Web design e este conseguir adaptar-se às normas da W3C. Ainda hoje eu tenho de implementar sites com frames e feitos à base de imagens (por exemplo, os menus tinham de ter uma letra específica não standard e isso obrigava o uso de imagens nos links).
E depois, a nível de rentabilidade, um Web site SEO é mais rentável e as empresas esquecem-se disso. Repara, um Web site SEO à partida está também está adaptado a ser visualizado em qualquer dispositivo móvel: eeePC, iPhone, ..., aquelas gadgets caras que o pessoal com poder de compra utiliza. E é exactamente esse mercado que as empresas deveriam estar a tentar alcançar e cativar.
Também penso que neste momento, existe muita falta de esclarecimento sobre o assunto.
Obrigada pela teu comentário, foi um excelente ponto de vista!
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